Quem somos

23 de mayo de 2022

Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina

e do Caribe – FILAC

Património dos povos

O Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe – FILAC é um órgão internacional de direito público criado em 1992 pela segunda Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Madrid, Espanha.

O FILAC apoia os processos de autodesenvolvimento de povos, comunidades e organizações indígenas da região, e promove a Boa Vida – o Viver Bem como alternativa para garantir a sustentabilidade ambiental, o respeito pelos direitos humanos fundamentais e o diálogo entre os principais atores do desenvolvimento indígena: Povos indígenas, governos, sociedade civil, #academia, empresários e outros.

Este órgão intergovernamental, único porque os seus órgãos de governo estão ocupados por representantes dos governos e dos povos Indígenas de forma paritária, é agora o Observador Permanente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o que permite participar nos debates sobre questões de interesse para todos os povos do mundo.

Ao longo dos seus quase 30 anos de existência, o FILAC projetou e implementou iniciativas para promover e apoiar o desenvolvimento dos Povos Indígenas e tem reafirmado o seu papel de “facilitador do diálogo para a construção dos consensos entre os atores do desenvolvimento indígena”.
A partir de 2018, rastreia e acompanha a implementação do Plano de Ação Ibero-Americano para a implementação dos Direitos dos Povos Indígenas.

 

Visão

A nossa visão é ver aos Povos Indígenas reconhecidos e respeitados no pleno exercício dos seus direitos, culturas e identidades, com organizações sólidas, fortalecidas nas suas capacidades administrativas, técnicas, econômicas, políticas, sociais e culturais por meio dos seus próprios processos de desenvolvimento sustentável que, na convivência intercultural, incorporam as suas identidades no desenvolvimento econômico e democrático e na gestão dos Estados nacionais da América Latina.

Missão

A nossa missão é promover a Boa Vida – o Viver Bem, bem como uma alternativa digna de vida para os povos, nacionalidades e comunidades indígenas da América Latina e do Caribe, através do pleno exercício dos direitos humanos e coletivos e da interculturalidade como forma de convivência, que gera oportunidades iguais e a superação de todas as formas de exclusão e dominação, desenvolvendo capacidades para facilitar, fornecer aconselhamento técnico e político sobre os processos de diálogo entre Estados e Povos Indígenas.

Características do FILAC

Único órgão internacional paritário

Devido à sua composição de paridade, o FILAC tem gerado processos de diálogo para valorizar uma herança dos Povos Indígenas cultivada desde os tempos antigos: a cultura da paz e do consenso, o respeito pela vida, pela natureza, pela diversidade cultural e espiritual como princípio da sua continuidade histórica como povos. A grande maioria das suas comunidades habita áreas de grande valor ecológico e estratégico para a vida humana.

FILAC, um cenário de diálogo

Cenário de diálogo entre Povos Indígenas, governos, sociedade civil, academia, empresários e estabeleceu várias mesas de consulta e defesa dos direitos com a convicção de que chegou o momento de se virar para a equidade futura, dignidade e solidariedade humana, para ouvir aqueles que sofreram e aguentem os problemas e nunca foram consultados. O FILAC pôde contribuir para a adoção de instrumentos internacionais e nacionais para defender e promover os direitos coletivos dos Povos Indígenas.

Compromisso com o desenvolvimento sustentável

O FILAC enfatiza que o mundo precisa de novas ideias e há muito a ouvir nas comunidades para atingir as Metas de Desenvolvimento Sustentável. As ações desenvolvidas no âmbito dos seus diversos programas, tais como o apoio à igualdade entre homens e mulheres, a revitalização e proteção das línguas indígenas, a promoção do desenvolvimento cultural e de identidade dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe, permitem avançar na Agenda 2030.

Coordenação

O FILAC coordena e trabalha com diferentes organizações e instituições indígenas em vários níveis, incluindo a plataforma Indígena Regional, um trabalho que é estendido permanentemente.

Quais são os órgãos de governo do FILAC?

Assembleia geral

A Assembleia Geral é composta por um delegado dos governos e um dos povos indígenas de cada Estado membro. Reúne-se de dois em dois anos a convite da Presidência do Conselho de Administração e toma todas as decisões por consenso.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração é eleito pela Assembleia Geral e é composto por 12 membros: seis representantes dos Povos Indígenas e seis dos governos, dos quais três representam os Estados latino-americanos e três representam os Estados extrarregionais.

Comitê Executivo

Na sua primeira reunião, o Conselho de Administração elege o Comité Executivo, que é composto por uma Presidência e duas vice-presidências, e que atua como representante permanente da organização. Opera como um órgão colegial e, quando a Assembleia está em recesso, atende a cada seis meses regularmente ou sempre que é necessário para atender às exigências institucionais, mediante convocação da Presidência.

Secretária Técnica

A Secretaria Técnica, composta por uma equipe de técnicos altamente qualificados, é o braço operacional. É responsável pelo gerenciamento técnico e administrativo do FILAC. A responsabilidade de liderar e assegurar o bom funcionamento deste órgão é do Secretário Técnico, nomeado pelo Conselho de Administração após um processo de seleção competitivo e transparente.

58.2 milhões de indígenas na América Latina e no Caribe

Na América Latina e no Caribe estima-se que haja 58.2 milhões de indígenas (2018) e aproximadamente 826 Povos Indígenas (Cepoal, 2014); pelo menos 462 Povos Indígenas da região têm menos de 3,000 habitantes e alguns até menos de cinco pessoas.

Aproximadamente 200 Povos Indígenas estão em isolamento voluntário ou contato inicial (o Brasil, o Peru, a Colômbia, a Bolívia, o Paraguai, o Equador e a Venezuela); e há cerca de 108 povos transfronteiriços, ou seja, as suas populações e assentamentos são distribuídos em territórios que hoje correspondem a diferentes países.

Os Povos Indígenas da região oferecem diversidade cultural, linguística e territorial; diferentes histórias, formas de organização, visões de mundo, visões de vida e prioridades de desenvolvimento; instituições e sistemas próprios para gerenciar a educação e a saúde dos seus membros, governança e formas de gestão da vida social, religião e crenças, conhecimentos técnicos e científicos milenares.

Quais países são membros do FILAC?
Paises miembros de FILAC
Plano Estratégico Institucional “Mudança com a Sabedoria”

O FILAC é orientado pelas diretrizes do seu Plano Estratégico Institucional 2017–2027 “Mudança com a Sabedoria”. Este documento apresenta três programas principais:

Diálogo y concertação

O seu objetivo é promover ou aprofundar processos de diálogo nacionais e internacionais destinados a definir, construir e implementar políticas públicas consistentes com o reconhecimento e a proteção dos direitos individuais e coletivos dos Povos Indígenas.

Desenvolvimento econômico com identidade

Com o objetivo de apoiar o projeto e a implementação de processos e iniciativas que promovam o desenvolvimento com identidade, focados na Boa Vida – no Viver Bem dos Povos Indígenas. Isso é coerente com o reconhecimento e a proteção dos direitos econômicos, sociais, culturais, políticos e ambientais dos povos, das comunidades e das organizações indígenas.

Educação para a equidade

Com o objetivo de promover processos interculturais de treinamento, pesquisa, construção, sistematização e disseminação de conhecimentos e tecnologias indígenas.

Além disso, o FILAC tem dois programas transversais: jovens e mulheres indígenas, que são os grupos prioritários na implementação dos programas do FILAC no Plano Estratégico “Mudança com a Sabedoria”.

Linhas de ação

Observatório Regional dos Direitos dos Povos Indígenas – ORDPI

O Observatório Regional dos Povos Indígenas (ORDPI) realiza estudos, prepara relatórios especializados e organiza bases de dados sobre vários tópicos de interesse para os Povos Indígenas, governos, instituições, organizações indígenas, internacionais e acadêmicas.

Os materiais técnicos produzidos ¬¬– relatórios sobre mulheres indígenas, revitalização de línguas indígenas, quadros legais e institucionais, entre outros, são instrumentos úteis para colaborar na busca de acordos sólidos entre participantes nos processos de diálogo nacional e regional.

Mulheres – jovens

A plena participação das mulheres e jovens indígenas é uma prioridade em todo o trabalho do FILAC. Trabalhamos para tornar visível e fortalecer a plena e efetiva participação das mulheres indígenas na geração de políticas públicas destinadas a cuidar e prevenir as diferentes formas de violência de que são vítimas.

Além disso, o FILAC criou o Programa Indígena da Juventude com o objetivo de promover o empoderamento dos jovens indígenas e de lhes fornecer ferramentas para a promoção os seus direitos coletivos.

ICI – Sumaq Kawsay

A iniciativa de Cooperação Indígena (ICI) Sumaq Kawsay busca promover e apoiar os processos de diálogo e trabalho conjunto entre os Povos Indígenas, governos e outros atores relevantes para o desenvolvimento da Boa Vida – do Viver Bem.

A ICI oferece apoio aos Povos Indígenas para auto gerenciar os seus processos de desenvolvimento com identidade e às instituições estaduais para incorporar essa perspetiva nas suas políticas públicas.

Fornece informação, aconselhamento técnico, reforça as capacidades dos atores indígenas e governamentais e também facilita a criação de condições para o trabalho conjunto.

Um foco central da ICI é a promoção do intercâmbio Sul–Sul, especialmente entre as comunidades, para que possam aprender sobre experiências diversas, conhecimento tradicional e a aplicação de novas tecnologias que aumentem suas capacidades atuais. Ao mesmo tempo, a ICI ajuda a canalizar recursos financeiros para apoiar situações emergentes nas comunidades que exigem ajuda imediata, incluindo mulheres e jovens indígenas.

Universidade Indígena Intercultural – UII

A Universidade Intercultural Indígena (UII) é uma iniciativa regional de ensino superior que visa fortalecer as capacidades dos homens e mulheres indígenas em todo o continente.

Nos diplomados, cursos e programas em vários níveis que oferece a UII asseguram a participação de mulheres e jovens indígenas e promovem o diálogo intercultural e intergeracional. As suas atividades pedagógicas se baseiam na interculturalidade, no diálogo inter–epistêmico e inter–científico, no reconhecimento, na promoção e na proteção dos direitos individuais e coletivos, alem da espiritualidade dos Povos Indígenas.

A participação da Cátedra Indígena do Itinerante, composta por sábios, especialistas, acadêmicos, líderes e especialistas indígenas, em toda a oferta acadêmica da UII, confere caraterísticas únicas de formação.

A voz do FILAC no mundo

O FILAC traz a voz dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe aos diferentes cenários de debate multilateral global, regional e sul-regional. Nessas áreas, o FILAC apresenta e promove iniciativas com uma visão abrangente que visa mudar o paradigma do desenvolvimento e retomar o legado da sabedoria ancestral da Boa Vida – do Viver Bem como alternativa para garantir a sustentabilidade ambiental e o respeito pelos direitos fundamentais do ser humano.

 

https://www.filac.org/wp-content/uploads/2022/05/Brochure-FILAC-pt.pdf

Nuestras Publicaciones

Bienvenido a la sección de publicaciones donde podrás encontrar documentos relacionados con la temática de pueblos indígenas, derechos y interculturalidad. Nuestro objetivo es brindar información y promover el conocimiento sobre estas importantes áreas.

ICI - Sumaq Kawsay

La Iniciativa de Cooperación Indígena (ICI) Sumaq Kawsay busca impulsar y apoyar los procesos de diálogo y trabajo conjunto entre los Pueblos Indígenas, los gobiernos y otros actores relevantes para el desarrollo para el Buen Vivir – Vivir Bien.

UII - Universidad Indigena Intercultural

La  Universidad  Indígena  Intercultural  (UII) es una iniciativa regional de educación su- perior destinada a fortalecer las capacida- des de hombres y mujeres indígenas de todo el continente.

Mujer Indigena

La participación plena de las mujeres y jóvenes indígenas es prioritaria en todo el trabajo que desarrolla el FILAC. Trabajamos para visibilizar y fortalecer la participación plena y efectiva de las mujeres indígenas en la generación de políticas públicas dirigidas a la atención y prevención de las distintas formas de violencia de las que son víctimas.

Juventud Indigena

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¡Juntos por el Vivir Bien de nuestros Pueblos!

Por su composición paritaria, el FILAC ha generado procesos de diálogo para poner en valor un patrimonio de los Pueblos Indígenas cultivado desde tiempos milenarios: la cultura de la paz y el consenso, el respeto a la vida, a la naturaleza, a la diversidad cultural